Os tals exames de rotina!!

As últimas semanas, na verdade os últimos meses têm sido bem tumultuados. Peguei 20 dias mais que merecidos de férias no trabalho e aproveitei para fazer um check up! É bem difícil tirarmos tempo para fazer exames médicos de rotina né, mas decidi que seria uma boa hora de fazer. Minha primeira intenção era colocar DIU. Primeiro por que não posso ingerir hormônio, segundo por que pra mim fica super cômodo, enfim, fui em uma consulta com a minha ginecologista e ela me pediu uma série de exames comuns para esse procedimento e aproveitou para me pedir um ultrassom dos dois seios, já que eu tinha um nódulo benigno desses fibroadenomas normais e eu deveria fazer controle de 6 em 6 meses por “desencargo de consciência”.  E assim foi feito, como de costume, cheguei na clinica para fazer o ultrasson e meu nódulo continuava ali com o mesmo aspecto e tudo sob controle. Porém, meu outro seio apontou um nódulo novo, um nódulo que há seis meses atrás nem existia e agora já estava nos seus 3cm, um caso de aparecimento agudo juntando com o fato de eu ter mais de um caso de câncer de mama na família, resultaram em um nódulo com Bi rads 4a.

A principio tudo ok, eu nem sabia o que era esse tal bi rads então, fiquei tranquila. Foi quando peguei o exame anterior para um comparativo e vi que meu nódulo benigno tinha grau 3 e não 4. Primeira coisa que fiz?! GOOGLE! E claro, me apavorei por que o grau 4 tinha de 5 a 95% de não ser boa coisa. Entre 5 e 95, obvio que eu só pensei nos 99% e cai no desespero. Logo na outra semana marquei consulta com a Dra. Ana Rosa Crippa. Experiente, sensível, humana e muito tranquila. Ela me pediu uma pulsão simples pra diagnostico e fui fazer. A pulsão é super simples mesmo, uma agulha fininha que retira liquido do nódulo e manda para biopsia, se for pensar assim é um procedimento da mesma proporção que tirar sangue. Tem anestesia, não dói e o pós é super tranquilo de lidar. Porém, o psicológico neste caso não coopera com a simplicidade do exame. Mas ok. Alguns dias de angustia e eis que o resultado chega e eu preciso fazer uma cirurgia, ou melhor, uma MAMOTOMIA para ter certeza de que estávamos falando de um resultado positivo, já que a pulsão não foi completamente satisfatória.

Ok, nesta hora o psicológico desaba mesmo! E na minha mente só “latejava” a frase: E SE FOR CANCER? Para tentar não surtar, eu ocupei minha cabeça com um milhão de coisas todos os dias e me mantive ocupada até que chegasse o dia da mamotomia. A médica me disse que iriamos tirar de uma forma menos “invasiva” os nódulos por completo e mandar para biopsia novamente, mas que eu podia ficar tranquila por que tudo estava sob controle. OI?! Tranquila?! Estamos falando de um assunto que é conturbador. Não existe “keep calm” pra esses casos!! SOCORRO!!! E embora eu transparecesse confiança e postura de uma adulta, meu interior era de uma criança que precisava de colo e que estava a ponto de surtar!! Novamente no GOOGLE a mamotomia parecia um “MONSTRO”. Um procedimento que seria dolorido física e mentalmente e que me causaria impactos sem dimensões. Me segurei na postura firme e fui fazer o tal exame. Me incomodava o fato de estar acordada assistindo de camarote tudo que acontecia, mas ok, eu não sentia dor! Deitei confortavelmente na maca e aguardei até que a médica chegasse e me explicasse todo o procedimento. Levei 3 anestesias em cada peito, um pequeno corte e uma maquina com sistema de Sucção e lavagem era interligada á fios e uma agulha maior (e assustadoramente mais grosa) guiada por ultrassom, que sugaria meus nódulos e mandaria direto para o deposito para ser enviado á nova biopsia. Depois de 1:40hrs eu já não tinha nem o nódulo esquerdo e nem o direito e a sensação de não tê-los foi muito boa! Eu tirei aquilo que não era meu, que não era para estar ali, que bom!!  Ao mesmo tempo, uma vontade louca de chorar vinha e saia a cada segundo, mas estava com os meus pais, eu precisava ser FORTE!! Chorar sem saber resultados não seria bom pra mim, muito menos pra eles. Eu tinha acabado de ser “invadida” por que a mamotomia é sim “invasiva” no meu ponto de vista. Pode ser que seja menos dolorida, menos agressiva, mas menos invasiva?! Não sei se quem apostou nesse termo, sabia o real significado dele. Mas ok.. Foi mexido, remexido, sugado, lavado, o barulho da maquina assusta!!!.. Ai pensei: Agora sim, vai passar a anestesia e minha dor física vai se juntar a dor emocional e vamos entrar em colapso juntas! Mas não! A dor do pós “cirúrgico” é suportável. Uma dor que não se assemelha a outra que eu já tenha sentido para comparar, mas uma dor suportável. Dói se pega força, dói se me mexe muito, mas tranquilo, muito menos do que eu esperava que fosse ser (pelo que li na internet).

Hoje, estou tranquila. Depois de 15 dias o resultado positivo se confirmou. Vou somente acompanhar de 6 em 6 meses e voltar a ter uma vida de pensamentos positivos. Com certeza hoje estou mais próxima de Deus. Mais agradecida pela vida e com muito mais vontade de ser feliz!!

Fica aqui mais um post pra eu ter como lembrança ♥ e uma lembrança com final feliz!!

ahh!! e já que estamos em Outubro, que seja ROSA ♥

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Beijos,

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